Laserterapia aplicada à Fonoaudiologia

Muita gente tem curiosidade para entender como o mecanismo de funcionamento do laser de baixa potência pode contribuir para a prática clínica do fonoaudiólogo, e é por isso que hoje venho compartilhar com vocês um pouquinho sobre esse assunto que vem tomando grandes proporções na nossa área!

Antes de qualquer coisa, é preciso esclarecermos um ponto muito importante: a laserterapia é um recurso, não um método de tratamento. 

 Por atuar na produção de energia intracelular, potencializando as respostas fisiológicas naturais de um organismo sadio, o laser torna-se um potencializador dos efeitos terapêuticos devendo ser utilizado com cautela.

Resumidamente, podemos dizer que os efeitos do laser já são comprovados em diversas áreas da fonoaudiologia.

Motricidade Orofacial

Na área da Motricidade Orofacial, várias são as aplicações da laserterapia, que em muito se assemelham às outras áreas nas quais esse tipo de terapia já é adotado.

 – DTM e Cirurgia Ortognática

Sabemos que a DTM pode ter etiologia articular, muscular ou ambas. O laser pode contribuir para relaxar a musculatura hipertensa, reduzir a dor e/ou modular um processo inflamatório na articulação e otimizar o treino muscular para adequação das funções estomatognáticas. No entanto, não há protocolos únicos para tratamento dessa patologia. O que definirá o objetivo a ser alcançado com o laser é a avaliação fonoaudiológica e o planejamento terapêutico, que varia de acordo com cada paciente. Na cirurgia ortognática, seus benefícios vão desde o estímulo à drenagem linfática até o estímulo à regeneração dos tecidos manipulados cirurgicamente (mucosa, músculos, nervos, osso).

– Amamentação

A atuação do fonoaudiólogo em amamentação vai muito além da avaliação da sucção do bebê e orientações sobre a pega correta. Trabalhar amamentação é atender às demandas de uma dupla: mulher e bebê. Nesse campo, o laser auxilia muito na prática em consultoria de amamentação, uma vez que tem alto potencial de promoção da analgesia e aceleração da cicatrização de traumas mamilares, sendo esses considerados um importante fator de risco para o desmame precoce. Nesses casos, a avaliação da dinâmica da mamada, assim como todo o manejo clínico deve ser feito por profissional qualificado.

– Alterações no sistema nervoso periférico

O impacto do laser na atividade de nervos periféricos é bastante relatado na literatura. Dessa forma, aplicações clínicas em paralisias faciais, parestesias, nevralgias já possuem evidências científicas. Os parâmetros dosimétricos permitem tanto a estimulação dessas vias como sua inibição. Dessa forma, é possível a atuação em pacientes com reflexos exacerbados ou patológicos e também em dores neuropáticas faciais.

– Sistema musculoesquelético

Os exercícios miofuncionais são a base da terapia fonoaudiológica não só em Motricidade, mas em diversas áreas. A literatura mostra que a associação da atividade muscular à laserterapia está associada ao ganho de força, à melhora do desempenho muscular e à capacidade de treinamento. Além disso, é possível também proporcionar relaxamento da musculatura e alívio das tensões.

 – Estética

A irradiação da luz sobre o tecido ativa diversos mecanismos da bioquímica celular. Sendo assim, há estímulos para produção de colágenos, melhora da microcirculação local e da hidratação da pele. No entanto, no campo da Fonoaudiologia esse recurso pode, também, potencializar o treino miofuncional em estética, auxiliando na readequação de posturas e funções.

– Disfagias

Nas disfagias, a laserterapia também pode auxiliar na terapia fonoaudiológica, sobretudo nas fases preparatória e oral.

Por meio do tratamento de lesões orais, como mucosite, estomatite e até mesmo candidíase oral (nesse caso com uma técnica chamada terapia fotodinâmica) o laser pode proporcionar melhora nas funções de mastigação, na paladarização, permitindo, em alguns casos, o retorno mais rápido à via oral e a variadas consistências. Em relação à terapia indireta, a laserterapia pode ser aplicada a fim de estimular o trofismo da musculatura que, junto dos exercícios miofuncionais, favorecerá a tonificação ou o relaxamento muscular.

Outro fator que contribui para a melhora de alguns quadros disfágicos é a modulação do fluxo salivar. Por atuar na busca pela homeostase corporal, com a laserterapia é possível estimular a produção de saliva em casos onde essa encontra-se diminuída, mas também é possível inibir tal produção nos quadros onde há sialorreia ou naqueles em que alterações na deglutição da saliva aumentam o risco de aspiração.

– Voz

Não existem muitas publicações sobre a atuação em voz, mas a prática clínica vem mostrando o efeito da luz sobre várias possibilidades como a fadiga vocal, apontando sua eficácia para prevenir tal quadro e auxiliar na recuperação quando essa já encontra-se instalada.

– Audiologia

Estudos recentes mostram os efeitos do laser sobre o zumbido, sobre alterações de origem vestibular e há, inclusive, estudos onde foi possível a regeneração de células ciliadas com a irradiação luminosa.

– Linguagem

Os tratamentos com laser na área de linguagem ainda não são uma prática no Brasil. No entanto, a literatura internacional já é bastante consistente em mostrar os benefícios desse recurso para melhora de funções cognitivas em doenças degenerativas, em distúrbios de aprendizagem, déficit de atenção, entre outros!

FONTE: http://www.vmfono.com.br/2017/11/28/laserterapia/?fbclid=IwAR1XKVW183hTgaQa77ZYEEaNe2rwZqqHg07BRq6lgKDqJhcGgpXUrDoC90Y

Respiração


No canto a respiração tem um papel importantíssimo já que o som é ar sonorizado. Para  cantar devemos treinar bem a respiração para conseguir realizar todas as manobras necessárias mediante a tantas formas de frases, andamentos, alturas e agrupamentos de palavras possíveis encontradas em um música. Com o treino é possível dominar a Inspiração e principalmente a Expiração quando ocorre o a fonação. Esse treino tem que ser feito de forma sistemática e contínua. Não adianta treinar dez exercícios em um dia e passar um mês sem praticar. O domínio vem com o tempo através da repetição de exercícios específicos para treinar:  a inspiração para que seja quase invisível, a sonorização para que o ar seja bem aproveitado, aumento da quantidade de ar, armazenamento de ar por maior tempo e apoio diafragmático.Às vezes ao respirar elevamos o ombro no movimento de inspiração. Isso é bem comum no dia a dia mais esse hábito é ruim para o canto uma vez que tenciona a região do pescoço, laringe costas e ombros podendo ter como resultado uma voz estrangulada e perda rápida de ar, por falta de apoio diafragmático estando o som apoiado no pescoço. O correto é inspirar lentamente, silenciosamente como se estivesse cheirando uma flor procurando abrir as costelas e encher a região do abdômen. Dessa forma temos uma capacidade de ar armazenado maior e maior possibilidade de administrá-lo melhor.

TREINANDO A INSPIRAÇÃO/EXPIRAÇÃO:

1)- Inspirar como se estivesse cheirando uma flor. Após expirar lentamente. Lembrando de Inspirar pelo nariz e expirar pela boca.

2)- Como no exercício acima inspirar como se estivesse cheirando uma flor, fazer uma contagem mental até 5, depois expirar lentamente.

3)- Fazer o Exercício acima só que aumentando o tempo de inspiração gradativamente antes de expirar.

4)- Inspirar colocando uma mão no abdômen e a outra no peito procurando observar a movimentação. Observar se há elevação do tórax e ombros a fim de corrigir. Para isso é importante fazer o exercício frente a um espelho.

5)- Uma outra variação pode ser feita deitado onde você deve Inspirar colocando uma mão no peito um livro no Abdomen e observar sua movimentação. Observar se há predominância de movimentação do tórax e ombros a fim de corrigir.

6)- Inspirar profundamente e depois expirar em [S]:  Sssssssssssssssss  É preciso colocar energia no [S], não apenas deixar sair o ar é pensar em projeção também.  (Conforme o Vídeo Baixo Manobra Respiratória 1 e 2 da Fonoaudióloga Rita Fucci-Amato)

7)-Inspirar profundamente e em seguida expirar em [X]. Mesmo procedimento que o exercício anterior.

8)- Inspirar profundamente e em seguida expirar em [F].

9)-Inspirar Profundamente e em seguida expirar em [Z]. Observe que até aqui ocorria somente a saída de ar sem a vibração das pregas vocais. Com o z há vibração das pregas vocais. Repetir várias vezes procurando utilizar o ar de forma natural sem tencionara laringe nem deixar o som falhar.

10)-Inspirar Profundamente e em seguida expirar em [J]. Mesmo caso do Exercício anterior.

11)-Inspirar Profundamente e em seguida expirar em [V]. Mesmo caso do Exercício anterior.

12)- Soprar Língua de sogra, observando o fluxo de ar, sempre procurando um fluxo firme e  contínuo.

13)- Soprar Bolas de aniversário, procurando não encher as bochechas e tentando encher em um fôlego só. A princípio utilizar a bola de nº 8, com o treino e domínio ir mudando a numeração.

14)- Inspirar profundamente e após usando a voz falada contar os números 1,2,3,4,5,6,7, até acabar o ar. Esse exercício deve ser treinado sempre e a cada vez ir tentando acrescentar mais números.

15)- Inspirar profundamente e após usando a voz cantada dessa vez contar os números 1,2,3,4,5,6,7, até acabar o ar. Esse exercício deve ser treinado sempre e a cada vez ir tentando acrescentar mais números.

16)- Inspirar e depois falar o alfabeto quantas vezes conseguir. Com o treino ir acrescentando mais letras. Falar as letras bem ligadas. Repetir o Exercício acima usando a região da voz cantada.

TREINANDO APOIO DIAFRAGMÁTICO:

A musculatura abdominal além do diafragma é  muito importante na hora de apoiar, pois quando quisermos levar uma frase até o final, ou controlar melhor a saída de ar é na musculatura do abdômen que faremos pequenos movimentos a fim de dosar a saída de ar e/ou permitindo o diafragma  o seu retorno.

1)-  Fazendo vários [S] em stacato para sentir o movimento abdominal.

(Conforme o Vídeo Baixo Manobra Respiratória 3 da Fonoaudióloga Rita Fucci-Amato)

2)- [SI] [XI] [FU] [PÁ] Fazendo pequenas contrações no abdômen.