Voz Falada X Voz Cantada
Voz falada X Voz Cantada
Respiração
Voz FaladaVoz Cantada
É NaturalÉ treinada
O ciclo completo de respiração varia de acordo com a emoção e o comprimento das frases  Os ciclos respiratórios são programados de acordo com as frases musicais.  
A inspiração é relativamente lenta e nasal nas pausas longas, sendo mais rápida e bucal durante a fala;  A inspiração é muito rápida e bucal.    
Um volume médio de ar é usado durante a fala  Usa-se um volume de ar maior durante o canto quase esvaziando os pulmões.
Ocorre pequena movimentação pulmonar durante a tomada de ar, com pouca expansão da caixa torácicaOcorre grande movimentação pulmonar durante a tomada de ar, com expansão de todas as paredes do tórax.
A Saída do ar na expiração é um processo passivo.O Controle da Expiração é ativo, mantendo a caixa torácica expandida durante o maior tempo possível.
Produção do som
Voz FaladaVoz Cantada
As pregas vocais fazem ciclos vibratórios com o cociente de abertura levemente maior que o de fechamentoAs pregas vocais fazem ciclos vibratórios com o cociente de fechamento maior que o de abertura, o que gera um som acusticamente mais rico e com maior tempo de duração.
Produz-se uma série regular de harmônicos, decrescendo de intensidade em direção aos harmônicos agudos.Produz-se uma série mais rica de harmônicos, com intensidade forte mesmo nos harmônicos agudos.
O atrito das mucosas das pregas vocais é bastante aumentado nas situações de pigarro, tosse ou mesmo quando se quer dar ênfase a determinada palavra da emissão- ataque vocal brusco.O atrito das mucosas das pregas vocais é reduzido, os atos de pigarrear e tossir não são aceitos durante a emissão cantada e a ênfase não é feita com ataques vocais bruscos, mas sim com mudança na tensão das estruturas.
Percebe-se uma movimentação discreta da laringe no pescoço, determinada por variações na inflexão das frases.A laringe tende a permanecer em posição baixa, estabilizada, mesmo nas frequências mais agudas.
A extensão de frequências em uso habitual é de 3 a 5 semitons, dependendo da língua que se fala e da entonação empregada.A extensão de frequências é ampla, ao redor de duas oitavas e meia.
Ressonância e Projeção de Voz
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A ressonância é geralmente média, em condições naturais do trato vocal, sem uso particular de alguma cavidade, não necessitando a voz de grande projeção.A ressonância é geralmente alta, dita “na Máscara” ou de cabeça, o que indica foco de ressonância concentra-se na parte superior do trato vocal.
A intensidade habitual situa-se ao redor de 64dB para conversação, mantendo-se relativamente constante durante o discurso; a faixa de variação fica ao redor de 10dB da intensidade habitual.A intensidade quase nunca é constante, com variações controladas e rápidas de um pianíssimo a um fortíssimo, num limite que pode ir de 45dB a 110dB.
Quando é necessário  projeção vocal, para chamar alguém distante ou para dar um grito, geralmente usa-se uma inspiração mais profunda, abre-se mais a boca e usa-se sons mais agudos e mais extensos.Projeção vocal é uma necessidade constante no canto, que deve ser audível mesmo nos sons pianíssimos, para tanto, a inspiração é sempre maior que para a fala, a boca está sempre bem aberta, procurando-se reduzir ao máximo os obstáculos à saída do som.
Timbre (Qualidade Vocal)
Voz FaladaVoz Cantada
A qualidade vocal na voz falada pode ser neutra ou com pequenos desvios que identificam o falante mas não chegam a ser considerados sinais de disfonia, como por exemplo a voz levemente rouca, soprosa, áspera ou nasal.A qualidade vocal depende do estilo musical e do repertório, sendo que características pessoais são geralmente deixadas em segundo plano em favor de uma sonoridade única e de grupo em coral por exemplo desvios na voz pode ser percebido principalmente no naipe que se torna desequilibrado.
A qualidade vocal é extremamente sensível ao interlocutor, à natureza do discurso ou a aspectos emocionais da situação, podendo ficar momentaneamente trêmula ou sussurrada, por exemplo.A qualidade vocal é mais estável devido ao treino dos cantores e sofre menos influência de fatores externos à realidade musical.
Os distúrbios na produção da voz falada chamam-se disfonias.Os distúrbios na produção da voz cantada chamam-se disodias e podem vir ou não acompanhados de disfonia
Articulação
Vos faladaVoz Cantada
O objetivo da voz falada é transmissão da mensagem, portanto a articulação deve ser precisa e a identidade dos sons deve ser mantida.A mensagem a ser transmitida aqui está além das palavras, e portanto, privilegiam-se os aspectos musicais, o que pode significar, em alguns casos, o sacrifício da articulação de certos sons, que podem ser subarticulados ou distorcidos.
As vogais e consoantes tem duração definida pela língua que se fala.Na frase musical, as vogais são geralmente mais longas que as consoantes e servem de apoio à qualidade vocal.
Os movimentos articulatórios básicos são definidos pela língua utilizada, porém, o padrão de articulação sofre grande influência dos aspectos emocionais do falante e do discurso.Os movimentos articulatórios básicos recebem influência dos aspectos tonais da música e da frase musical em si; desta forma, as constrições que produzem os sons que são realizadas ao longo do trato vocal, tendem a ser reduzidos.
Pausas/ Intervalos
Voz FaladaVoz Cantada
As pausas são individuais do falante, podendo ocorrer por hesitação, por valor enfático ou, ainda refletir interrupções naturais do discurso.As pausas são pré-programadas e definidas pelo compositor, possuindo forte apelo emocional e de interpretação.
As pausas de hesitação são normais e aceitáveis, podendo ser silenciosas ou preenchidas por sons prolongados como “han …” ou “uhn…”.As pausas que ocorrem por hesitação do cantor não são aceitáveis e causam constrangimento ao cantor e ao público, que pode chegar à vaia. Além disso, falta de sincronia entre os cantores nas entradas das músicas também causam efeito negativo.
Velocidade e ritmo
Voz FaladaVoz Cantada
A velocidade e o ritmo da emissão falada são pessoais e dependem de múltiplo fatores, tais como caraterísticas da língua falada, personalidade e profissão do falante, objetivo emocional do discurso e fatores de controle neurológico.A velocidade e o ritmo da emissão cantada dependem do tipo de música, da harmonia, da melodia e do andamento pensando para a composição.
Alterações na velocidade e no ritmo da emissão geralmente ocorrem independente da consciência do falante, mas podem ser reguladas de acordo com o objetivo emocional da emissão.Alterações na velocidade e no ritmo da emissão são controladas, pré-programadas e ensaiadas.
Postura
Voz FaladaVoz Cantada
É Variável, com mudanças constantes.É menos variável, procurando-se sempre manter o tronco ereto.
As mudanças habituais na postura corporal não interferem de modo significativo na produção de voz coloquial.As mudanças na postura corporal interferem tanto na produção da voz quanto na estabilidade da qualidade vocal.
A linguagem corporal acompanha a comunicação verbal e a intensão do discurso.A linguagem corporal não é favorecida pelo canto, que privilegia a expressão fácil.

Extraído do Livro: Higiene vocal para o Canto Coral, Mara Behlau e Maria Inês Rehder

Fala

Fala

A fala é uma das principais formas da comunicação que utilizamos no dia a dia. A fala é emitida entre 40 dB e 60 dB com frequência fundamental de aproximadamente 100 Hz para vozes masculinas e 200 Hz para vozes femininas. Para que a mensagem chegue ao receptor corretamente e seja compreendida a articulação deve ser precisa, a velocidade adequada, a altura e a intensidade equilibradas de acordo com o objetivo do diálogo e intensão do discurso ou ambiente.

Atraso na fala:

Os marcos de desenvolvimento infantil são indicações que apontam habilidades que a criança estaria apta a desempenhar em determinada idade. É importante observar esses marcos para que seja detectado o mais cedo possível se há atraso ou não. O atraso ocorre quando a criança está aquém do esperado para a idade; então por exemplo, uma criança de dois anos precisa já estar produzindo vários fonemas e até formando pequenas frases. Crianças que chegam aos dois anos e não falam quase nada estão atrasadas e precisam de intervenção Fonoaudiológica.  Avaliações são necessárias e ajustes na comunicação oral da criança com atraso de fala.

Você sabia que a chupeta pode interferir na fala do seu filho?

Embora a gente saiba que a chupeta é uma baita ajuda e trazem paz para a casa naqueles momentos de mais choro e birra do seu filho, a chupeta, o dedo e a mamadeira também podem ser prejudiciais para as crianças.

A sucção é um reflexo do processo de alimentação do bebê, desencadeado pelo contato dos lábios com o mamilo. “Mamar no peito faz a criança exercitar mais sua musculatura facial, pela necessidade de sugar intensamente, levando a uma exaustão da sucção e uma sensação de satisfação e bem-estar. Existem estudos que relatam que crianças amamentadas naturalmente apresentam menor probabilidade de desenvolver hábitos de sucção não nutritivos, como a chupeta e o dedo”.  A sucção é muito boa para o crescimento do bebê, já que ele precisa desenvolver a região da face e da mandíbula. E isso precisa ser estimulado desde o nascimento do seu filho: “Quando o bebê toma mamadeira em vez do peito, ele não precisa fazer todo aquele movimento com tanto vigor. E Isso pode prejudicar o crescimento craniofacial da criança. Então oferecer a chupeta constantemente pode provocar alterações na arcada dentária e até mesmo no formato do rosto. “Retirar os hábitos de sucção até os 3 anos pode propiciar a reversão natural de alguns problemas que possam ocorrer”.

Especialistas orientam oferecer a chupeta, com formato, tamanho e bico corretos, nos casos em que a criança acaba de mamar no peito, mas continua sugando lábios ou língua. Assim, seu filho poderá satisfazer a necessidade de sugar, evitando que ele pegue o dedo mais tarde, por exemplo.

Dicas para estimular a fala:

1- Fale muito com a criança.

2- Aproveite a hora do banho para estimular a linguagem.

3- Nomeie tudo.

4- Evite falar palavras erradas.

5- Cante canções simples.

6- Evite eletrônicos.

7- Use as palavras simples e completas.

8- Leia histórias.

9- Utilize músicas.

10- aproveite a curiosidade para estimular a fala.

→ O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para tratar, ajustar todas as queixas relacionadas à fala.

Discalculia, o transtorno por trás da dificuldade de aprender matemática

Entre 3% a 6% da população mundial sofrem de desordem mental que afeta habilidade de adquirir destrezas matemáticas
“O fracasso na matemática ─ assim como o fracasso no amor ─ nos deixa machucados e vulneráveis”, afirma o americano Ben Orlin em seu blog “Math with Bad Drawings” (“Matemática com desenhos ruins”, em português).

Orlin diz ter experimentado na pele o que escreveu.
Curiosamente, ele é professor de matemática, mas sua experiência lhe ensinou que a disciplina “faz com que muita gente se sinta estúpida”.
“E ficamos machucados quando nos sentimos estúpidos”, acrescenta.
Orlin teve sorte. Para ele, as razões que causavam suas dificuldades eram superáveis.
Além disso, “a combinação de grande ansiedade, baixa motivação, as lacunas do conhecimento” e os maus momentos pelos quais passou serviram para que ele entendesse o que enfrentam muitos de seus alunos.
“Nenhum professor de matemática deveria se tornar professor até ter sentido na pele as agruras do fracasso matemático”, conclui ele.
Mas há pessoas para quem as dificuldades são mais sérias: um número estimado entre 3% a 6% da população sofre de discalculia.
Segundo a literatura médica, a discalculia é uma desordem neurológica que afeta a habilidade de adquirir destrezas matemáticas.
Alunos discalcúlicos podem experimentar dificuldades para entender conceitos numéricos, carecem de compreensão intuitiva dos números e têm problemas para aprender operações matemáticas.
Frequentemente, especialistas descrevem a discalculia como a “prima matemática” da dislexia.
Inteirar-se de sua existência foi “simultaneamente uma fonte de irritação e alívio”, conta a escritora americana Hannah Tomes, que desde de criança dizia ter “pavor de tudo relacionado a números”.
“Não podia ver a hora em um relógio desde que tinha 15 anos, e tive de praticar muito para conseguir superar essa barreira. Até hoje me dá um pouco de pânico quando alguém me pergunta que horas são”.
Se tivesse sabido dessa condição, “talvez teria sido mais benevolente comigo mesma quando era criança”, escreve ela.

Legenda da foto,
Fazer contas com a ajuda dos dedos pode indicar transtorno

Dificuldade severa
Cabe ressaltar que a discalculia é um transtorno mental que consiste em ter dificuldade severa para fazer cálculos aritméticos.
“Em algumas crianças, a memória do procedimento pode não funcionar bem, por isso as habilidades matemáticas não se automatizam”, explica Tanya M. Evans, responsável por um estudo realizado pela Centro Médico da Universidade Georgetown e pela Universidade de Stanford nos EUA.
Várias pesquisas mostram que a discalculia tem um alto componente hereditário.
Outras indicam que o problema se relaciona com o desenvolvimento do cérebro no útero da mãe ou nos primeiros anos de vida do récem-nascido.
Por outro lado, muitos especialistas concordam que, se o assunto for abordado no momento indicado e de forma adequada, é possível obter resultados tão promissores quanto os já registrados com crianças disléxicas.
Eles ressaltam ser importante que a discalculia seja tão conhecida quanto a dislexia.

Várias pesquisas mostram que a discalculia tem um alto componente hereditário

Pistas
Há vários sinais de alerta para detectar essa condição, seja em crianças em idade pré-escolar seja naquelas que terminam a escola.
Em linhas gerais, os indicadores mais comuns de discalculia são:

  • Fazer contas com a ajuda dos dedos em idade mais avançada do que o normal
  • Ter dificuldades para fazer estimativas aproximadas

FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/geral-38631557?fbclid=IwAR198h4_6dndyIX-uy6eI_RDFxPYaNHMPIkqOusoqI40RGPj2GQupVAZods