Paralisia de Bell não tem relação com problemas no cérebro

A paralisia atinge o nervo facial que comanda os chamados mímicos da face, que nos permitem franzir a testa, sorrir e piscar.

Parar de sorrir, de piscar, de franzir a testa de uma hora para a outra. Esses são alguns sinais da paralisia de Bell. Ela é causada por uma inflamação no nervo facial e não tem relação com o cérebro. Esse tipo de paralisia atinge o nervo que comanda os chamados músculos mímicos da face.

A paralisia de Bell é provocada, na maioria das vezes, pelo vírus do herpes. Ele fica adormecido no corpo. Quando nossa imunidade cai, por algum motivo, o vírus desperta e ataca o nervo facial, que controla os músculos do rosto. O nervo inflama e para de transmitir os impulsos nervosos que fazem os músculos se mexerem.

Paralisia de Bell ou AVC?

A paralisia atinge o nervo facial que comanda os chamados mímicos da face, que nos permitem franzir a testa, sorrir e piscar. Apenas um lado do rosto fica paralisado. Ela não acomete os músculos mastigatórios.

Já em casos de AVC, o problema se dá no cérebro. Ele pode ocorrer como um bloqueio das artérias do cérebro ou na forma hemorrágica, quando o sangue vasa para fora da artéria.

Fique atento aos sintomas de AVC: a parte da face pode ‘cair’, como o olho ou a boca; a pessoa não consegue colocar os braços estendidos na frente do corpo e paralelos; a pessoa não fala de maneira clara, enrola a língua ou fala sem sentido. Identificando esses sintomas, vá até o hospital.

A apresentação clínica dos dois também é diferente. No caso do AVC, a paralisia atinge os músculos inferiores da face, o indivíduo consegue abrir e fechar os olhos, por exemplo. No caso da paralisia periférica, um lado da face é atingido: os músculos frontais são atingidos, o olho não fecha, a boca desvia e o músculo do pescoço também é comprometido.

Como tratar?

“A paralisia de Bell é uma inflamação. Uma inflamação é tratada com corticoide. Como na maioria das vezes a suspeita da paralisia é o herpes, muitos médicos também associam às medicações específicas para o herpes. A reabilitação feita por um fonoaudiólogo é muito importante.

Escutar música clássica ativa genes associados ao cérebro, diz estudo

Música pode tornar menos ativos genes ligados à degeneração cerebral.
Resultado abre portas sobre os efeitos da musicoterapia.

Escutar música clássica com frequência ativa os genes associados à função cerebral e ajuda a prevenir as doenças neurodegenerativas, segundo um estudo divulgado por cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia.

Até agora os especialistas sabiam que escutar música representa uma complexa função cognitiva do cérebro que provoca diversas mudanças neurais e fisiológicas, mas pouco havia sido estudado sobre os efeitos em nível molecular.

Os investigadores queriam estabelecer as alterações genéticas ocasionadas pela música clássica. Para isso, foi examinado o sangue de um grupo de 48 pessoas antes e depois de escutarem o Concerto para Violino número 3, de Mozart.

Dirigido pelo professor Chakravarthi Kanduri, ele concluiu que escutar música clássica com frequência aumenta a atividade dos genes envolvidos na secreção de dopamina, na neurotransmissão sináptica, na aprendizagem e na memória.

Além disso, a música contribui para tornar menos ativos os genes envolvidos na degeneração do cérebro e do sistema imunológico, o que reduz o risco de contrair doenças neurodegenerativas como o Mal de Parkinson ou a demência senil, segundo os cientistas.

“Os efeitos genéticos foram identificados apenas nos participantes que são muito fãs de música ou músicos profissionais, o que ressalta a importância que a música é algo muito familiar”, explicaram os autores do estudo.

Relação pássaro-homem
Curiosamente, vários dos genes analisados que se ativam ao escutar música também estão presentes nos pássaros cantores e são os responsáveis pela capacidade dessas aves de aprender a cantar.

Esse fato, segundo os cientistas, sugere que exista  “um cenário evolutivo comum na percepção dos sons entre os pássaros cantores e os humanos”.

Segundo eles, os resultados dessa pesquisa proporciona uma nova informação sobre a origem molecular da percepção musical e a evolução, e abrem portas para novas descobertas sobre mecanismos moleculares subjacentes na musicoterapia.